Policiais militares são os principais suspeitos e ter montado um grupo de
extermínio em Guarulhos (SP) que seria responsável por matar 35 pessoas e ferir
outras 17 na cidade desde junho. A onda de crimes na cidade da Grande São Paulo
começou no auge dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra a
polícia.
Segundo investigações da Polícia Civil, homens do 31.º e do 44.º Batalhões da
PM se uniram em uma vingança que atingiu criminosos, frequentadores de pontos de
venda de drogas, vizinhos de bandidos e mesmo quem, por acidente, estava na hora
e no lugar errados. Nem mesmo crianças escaparam.
A atuação do grupo responderia por 23 execuções do dia 23 de junho até agora.
Nesses crimes, morreram 21% das vítimas de assassinatos da cidade. Alguns dos
principais indícios contra os acusados são vídeos que registraram a ação dos
bandidos. Em um dos casos, ocorrido em 26 de fevereiro, as imagens mostram um
carro do 44.º Batalhão passar, às 20h59, pelo local onde o crime aconteceria.
Após 8 minutos, os assassinos se aproximam em um Celta prata - mesmo veículo
usado em outras execuções. Os matadores estacionaram em uma rua perpendicular.
Desceram três homens. As imagens mostram um deles, aparentemente de coturno e
farda por baixo de uma capa de chuva, aproximando-se dos irmãos Vítor e Silas
Albuquerque Santos. Os dois tomavam conta de um bar e foram mortos. A ação durou
três minutos.
Enquanto matavam os irmãos, dois outros jovens apareceram na rua Os matadores
não queriam testemunhas: mataram um e só não executaram o outro porque a arma
falhou. Depois, saíram calmos do local, entraram no carro e fugiram. Mais uma
vez, às 21h17, outra viatura passou pelo lugar. Não parou nem sequer para
socorrer as vítimas. Os investigadores da Delegacia de Homicídios verificaram
pelos registros de GPS das viaturas do batalhão que quatro delas estavam na
região do local do crime.
Aviso. Segundo policiais civis, os criminosos agiram de modo semelhante na
maioria dos delitos. Por enquanto, nenhum acusado foi preso. Um dos casos
aconteceu em 20 de novembro de 2012. Dois dias antes, um PM havia sido morto na
área.
No dia 19, policiais passaram em um bar do bairro e surpreenderam moradores
fazendo um churrasco. Os policiais questionaram se eles estavam comemorando a
morte do PM e fizeram um advertência: era melhor fechar o lugar, ou então alguém
de moto poderia passar ali e atirar em todo mundo. Como os donos do bar não
ouviram o conselho, no dia seguinte criminosos em uma moto passaram pelo local e
atiraram em todos que puderam. Quatro pessoas ficaram feridas e uma morreu.
O Comando-Geral da PM informou que abriu dois inquéritos policial-militares
para apurar a participação de integrantes da corporação em assassinatos em
Guarulhos. As investigações são feitas pelo Comando de Policiamento de Área-7 e
pela Corregedoria da PM. Testemunhas já foram ouvidas e perícias, feitas. A PM
informou que não compactua com desvios de conduta.
Fonte: http://www.midiamax.com
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