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segunda-feira, 25 de março de 2013



Major aposentado da PM foi enterrado ontem em Laranjal Paulista
GUSTAVO ABDEL - SUMARÉ

Arquivo | TodoDia Imagem
Major da PM Ricardo Miranda matou-se com tiro na cabeça
O major aposentado da PM (Polícia Militar) de Sumaré Ricardo Miranda, 50, conhecido como Capitão Miranda, morreu após atirar contra a própria cabeça, na noite de anteontem, em frente a sua residência, na esquina da Rua Atílio Biondo com a Rua Waldemar Franceschini. Ele chegou a ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência) e encaminhado ao Hospital Estadual de Sumaré, mas não resistiu. O enterro aconteceu ontem, por volta das 17h, em Laranjal Paulista, cidade de sua família.A sequência de fatos que levaram Miranda a atirar contra si teria se iniciado por volta das 19h, segundo relatado à polícia, quando ele e sua esposa, Marta Aparecida Moraes Miranda, 47, teriam se envolvido em um acidente de trânsito e danificado o carro do casal. O local e as causas do eventual acidente não foram especificados à polícia.
Ao volante estava Marta, que se dirigiu então para a residência, no bairro Parque Franceschini, e lá a discussão do casal teria se agravado. De acordo com testemunhas, barulho constante de objetos sendo quebrados da casa pode ser ouvido da rua. Vizinhos relatam que o casal saiu em seguida até a via e, chorando, Marta ajoelhou-se em frente ao marido, que a obrigou a pedir “perdão”. Foi quando Marta recebe uma coronhada na cabeça e os dois voltaram para dentro da casa novamente.
Ainda de acordo com o BO (Boletim de Ocorrência), Marta foi obrigada a ficar no quarto, no segundo andar. Mas com medo de Miranda, ela pulou a janela e fugiu pelo portão da frente em direção à rua. A esposa então começou a correr rua abaixo e Miranda chegou ir atrás dela, com uma arma na mão. Marta teria pedido socorro e foi encaminhada a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Macarenko, onde recebeu curativo na cabeça e no pé, machucado no momento em que fugia.
DISPARO
“Ele voltou para casa e saiu com sua moto. Depois de 40 minutos retornou e saiu na rua com a arma apontada para a cabeça”, relatou um vizinho, que pediu para não ser identificado. Capitão Miranda falava palavras desconexas, como “perdão” e “você duvidou que eu ia me matar” e andava de um lado a outro da rua, sempre com o revólver apontado para o lado direito da cabeça. O disparo foi efetuado por volta das 23h. Os filhos do casal, um rapaz de 23 anos e uma adolescente de 16, não estavam em casa.
A PM foi chamada por moradores, mas acompanhou o caso “à distância” para “evitar danos maiores à Miranda”, conforme consta no boletim. O 48º Batalhão da PM informou que enviou cinco viaturas ao local e que os policiais se mantiveram a uma distância segura do local dos fatos para evitar que o major reagisse, ferindo a si próprio ou a terceiros. Ainda segundo a corporação, houve uma tentativa de negociação no sentido de que ele entregasse a arma, o que não evitou que ele atirasse contra si. O Samu chegou ao local cerca de 40 minutos após o disparo.
FAMÍLIA
A reportagem esteve em frente a residência do casal, na manhã de ontem, e presenciou a chegada de muitos familiares e amigos para visitar Marta. Ninguém quis comentar sobre a morte do major. O corpo foi levado para Laranjal Paulista por volta das 9h10, e a família acompanhou o translado.
No 48º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior), a única informação concedida pelo tenente coronel Antonio Bueno de Oliveira Neto era somente ao fato ocorrido, sem qualquer colocação a respeito da vida pessoal ou profissional do Capitão Miranda. O delegado plantonista que atendeu a ocorrência, João Batista Soares, não foi localizado para comentar sobre o caso.
O IML (Instituto Médico Legal) fez exame toxicológico em Miranda e deve divulgar um laudo nos próximos dias. Segundo relatos, o major teria parado de tomar sua medicação controlada e estava sob efeito de álcool no dia do fato.

2 comentários:

  1. “omissão a um irmão de farda”

    COMISSÃO APURA NEGLIGÊNCIA NA MORTE DO CAPITÃO MIRANDA

    Para a presidente da comissão, Adriana Galdeano Borgo, o fato da polícia acompanhar o caso “à distância” já demonstra negligência do comando da PM. “O major (Miranda) ficou com a arma apontada na cabeça das 21h às 23h, e em nenhum momento houve a tentativa de aproximação, com negociadores do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) por exemplo. Ele poderia não ter cometido esse crime contra si”, apontou a presidente, que classificou como uma “omissão a um irmão de farda”.

    http://portal.tododia.uol.com.br/?TodoDia=cidades&Materia=759153

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  2. Trabalhei com o Cap PM Miranda no 4BPTRAN, em meados dos anos 80,e eu era soldado e ele Tenente,e fiquei muito chateado em saber desta triste fatalidade, que DEUS ilumine seus caminhos e conforte seus familiares, um gde abraço meu grande irmáo,que DEUS tenha misericordia de todos nos.... ..

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