A execução foi no meio da rua, com tanta violência que as imagens causam medo e lágrimas. Os dois homens estavam de tocaia e quando o sargento Marcelo Fukuhara saiu para passear com seu cachorro, na calçada de um bairro em São Vicente, Litoral Sul de São Paulo, foi assassinado com tiros de fuzil e metralhadora. Uma imagem chocante, de verdadeiro terror.
A morte dele foi uma de uma série de ataque do PCC – Primeiro Comando da Capital - contra Policiais (em especial militares). Ataques que há dois anos estamos denunciando aqui no SP AGORA e que se desde o início de janeiro de 2012 se intensificaram de uma forma covarde e sem medo. Os bandidos sequer se preocupam em colocar capuz: atacam de “cara limpa” mesmo, como se tivessem certeza da impunidade.
Nós, pasmos e assustados, assistimos a ataques e mais ataques... Todos os dias tem um. Seja na cidade de São Paulo, Baixada Santista, ABCD ou Interior do Estado. O PCC fez até uma lista de policiais marcados para morrer. É claro que além dos nomes listados pela facção,a ordem é também matar qualquer policial que estiver “dando sopa”, seja quando ele sai ou vai para o trabalho ou para casa. Nos jornais impressos, nos sites da internet ou nas emissoras de TV o assunto já nem está na primeira página. É como se fosse “comum” policiais serem abatidos diariamente, tocaiados pelos bandidos que parecem nada temer.
Samuel Claudio da Silva é um tenente que trabalha na Casa Militar e encarregado da escolta do Governador Geraldo Alckmin. Já viajou, inclusive, para o Exterior, em viagens do representante do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Por isso, certamente foi um dos alvos. O tenente chegava a sua casa quando foi surpreendido pelo matador que atirou sem nada dizer. O tenente levou um tiro de raspão no rosto e revidou, acertando mortalmente o inimigo. Mas o saldo de mortes ainda é muito favorável aos bandidos.
O estatuto do PCC, em seu artigo 18, é claro: a ordem é matar policiais. O estatuto original foi até alterado para que os bandidos incluíssem nele a missão a seus integrantes.(Veja abaixo o artigo 18 do estatuto)
Contabilidade da Morte
Do início do ano até 18 de Outubro de 2012, 81 policiais militares foram executados, morrendo nas mãos do PCC. Também morreram 16 agentes penitenciários e 04 policiais civis. Policial Militar e Deputado Estadual, o Major Olimpio contabilizou também que 105 outros policiais militares foram atingidos pelos ataques e balas do PCC, e, felizmente, apesar de feridos, sobreviveram. E tem ainda dezenas de ataques contra bases policiais e viaturas.
Como resposta o Governo de Geraldo Alckmin nega que a facção PCC tenha qualquer relação com os bárbaros atentados. 101 trabalhadores da Segurança Pública estão mortos e ele tem a coragem (ou covardia?) de fazer política, dizendo que a culpa é do Governo Federal (a Dilma, portanto) que não cuida das “fronteiras” do Brasil por onde entram armas e drogas. Em 1995 fui a primeira repórter a denunciar a existência desta perigosa facção, porém o Estado negou, me taxando de mentirosa. E pelo que eu saiba foi São Paulo que “abriu as fronteiras”, “exportado” o PCC para vários outros Estados brasileiros, quando o próprio Geraldo Alckmin, mandou vários chefes do PCC para cadeias de outros estados, ajudando a espalhar a facção e suas ideias e ideais.
De São Paulo o Primeiro Comando da Capital não foi só para a quase totalidade dos estados brasileiros, mas também cruzou as fronteiras do Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia e também rumo ao México. Não ouvi, em nenhum momento, o Geraldo lamentar as mortes e consolar as famílias destes que tombaram pelas balas do PCC. O que vi foi a lamentável notícia de que o estado se recusa a pagar o seguro de vida destes profissionais alegando que eles “morreram fora do horário de serviço”! Senhor Governador eles morreram porque são policiais e o PCC está caçando policiais, de dia e de noite, e vencendo esta guerra.
Também sem cerimônias o Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Ferreira Pinto, disse em coletiva a jornalistas, para quem quisesse ouvir que as execuções não são obra da facção criminosa. “A imprensa é que exalta esta facção... na realidade nós temos informações seguras... e eu posso dizer pelo nosso Serviço de Inteligência que não tem nenhuma vinculação ai com esta facção, que, alias, se fosse tão competente não estaria dentro de presídios”, disse o Senhor Secretário da Segurança... E o que eu posso dizer é que esta facção domina totalmente as cadeias paulista a que o Secretário se refere... Posso dizer que então, o “serviço de inteligência” dele é burro e que ou o Secretário está mentindo ou está sendo enganado por seus informantes.
Rasgo meu diploma de jornalista e queimo o livro que escrevi sobre a facção se os ataques não estiverem sendo liderados, ordenados e executados pelo PCC, Facção se que criou nas cadeias paulistas e foi “engordada” pela total anemia e falta de ação do Governo de São Paulo nos últimos 19 anos, que é o tempo que a facção existe.
Como disse o Major Olimpio, em protesto que reuniu 300 policiais na Praça da Sé no dia 16 de Outubro passado: “assistimos aos policiais serem dizimados e não adianta dizer que não existe, que é uma lenda, que não acontece. O PCC está matando policiais”. Nesta mesma cerimônia, cruzes negras foram colocadas no chão em frente a Catedral da Sé, numa referência aos policiais assassinados, executados, mortos pelo PCC neste ano. Eu pergunto: quantas cruzes negras serão necessárias ainda para que o Estado admita a verdade?
Do início do ano até 18 de Outubro de 2012, 81 policiais militares foram executados, morrendo nas mãos do PCC. Também morreram 16 agentes penitenciários e 04 policiais civis. Policial Militar e Deputado Estadual, o Major Olimpio contabilizou também que 105 outros policiais militares foram atingidos pelos ataques e balas do PCC, e, felizmente, apesar de feridos, sobreviveram. E tem ainda dezenas de ataques contra bases policiais e viaturas.
Como resposta o Governo de Geraldo Alckmin nega que a facção PCC tenha qualquer relação com os bárbaros atentados. 101 trabalhadores da Segurança Pública estão mortos e ele tem a coragem (ou covardia?) de fazer política, dizendo que a culpa é do Governo Federal (a Dilma, portanto) que não cuida das “fronteiras” do Brasil por onde entram armas e drogas. Em 1995 fui a primeira repórter a denunciar a existência desta perigosa facção, porém o Estado negou, me taxando de mentirosa. E pelo que eu saiba foi São Paulo que “abriu as fronteiras”, “exportado” o PCC para vários outros Estados brasileiros, quando o próprio Geraldo Alckmin, mandou vários chefes do PCC para cadeias de outros estados, ajudando a espalhar a facção e suas ideias e ideais.
De São Paulo o Primeiro Comando da Capital não foi só para a quase totalidade dos estados brasileiros, mas também cruzou as fronteiras do Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia e também rumo ao México. Não ouvi, em nenhum momento, o Geraldo lamentar as mortes e consolar as famílias destes que tombaram pelas balas do PCC. O que vi foi a lamentável notícia de que o estado se recusa a pagar o seguro de vida destes profissionais alegando que eles “morreram fora do horário de serviço”! Senhor Governador eles morreram porque são policiais e o PCC está caçando policiais, de dia e de noite, e vencendo esta guerra.
Também sem cerimônias o Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Ferreira Pinto, disse em coletiva a jornalistas, para quem quisesse ouvir que as execuções não são obra da facção criminosa. “A imprensa é que exalta esta facção... na realidade nós temos informações seguras... e eu posso dizer pelo nosso Serviço de Inteligência que não tem nenhuma vinculação ai com esta facção, que, alias, se fosse tão competente não estaria dentro de presídios”, disse o Senhor Secretário da Segurança... E o que eu posso dizer é que esta facção domina totalmente as cadeias paulista a que o Secretário se refere... Posso dizer que então, o “serviço de inteligência” dele é burro e que ou o Secretário está mentindo ou está sendo enganado por seus informantes.
Rasgo meu diploma de jornalista e queimo o livro que escrevi sobre a facção se os ataques não estiverem sendo liderados, ordenados e executados pelo PCC, Facção se que criou nas cadeias paulistas e foi “engordada” pela total anemia e falta de ação do Governo de São Paulo nos últimos 19 anos, que é o tempo que a facção existe.
Como disse o Major Olimpio, em protesto que reuniu 300 policiais na Praça da Sé no dia 16 de Outubro passado: “assistimos aos policiais serem dizimados e não adianta dizer que não existe, que é uma lenda, que não acontece. O PCC está matando policiais”. Nesta mesma cerimônia, cruzes negras foram colocadas no chão em frente a Catedral da Sé, numa referência aos policiais assassinados, executados, mortos pelo PCC neste ano. Eu pergunto: quantas cruzes negras serão necessárias ainda para que o Estado admita a verdade?
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