13/03/2013

 às 15:45 

Assassinos de policiais em São Paulo são transferidos para presídio de segurança cercado pela selva. Vejam só a foto da cadeia dura

Penitenciária Federal de Porto Velho -- a 50 quilômetros da capital de Rondônia, e devidamente isolada pela mata amazônica (Foto: Cleris Muniz / Agência News)

Post publicado originalmente em 8 de março de 2012

Há montanhas de acordos e acertos entre governos que nunca saem do papel. Felizmente não é o caso do Termo de Cooperação firmado entre o Ministério da Justiça e o governo de São Paulo em novembro passado, ainda em plena onda de violência criminosa promovida por organizações de bandidos contra agentes da lei no Estado.

O acordo prevê, entre outros cinco conjuntos de medidas, que todos os bandidos que tiveram participação em assassinatos de agentes, direta ou indiretamente, como mandantes, planejadores e executores, serão transferidos para penitenciárias federais.

Ontem chegou a vez de treze criminosos deixarem São Paulo para um dos presídios mais duros do país, e talvez o mais isolado — a Penitenciária Federal de Porto Velho, que fica a 50 quilômetros da capital de Rondônia e tem, a seu redor, apenas a densa mata amazônica.

Já estão alojados a mais de 3 mil quilômetros da cidade de São Paulo nove criminosos envolvidos no bárbaro assassinato do sargento PM Adrianos Simões da Silva, executado pelas costas com 17 tiros em Araraquara, em setembro passado. Investigações detalhadas da Polícia Civil a partir de câmeras de segurança do supermercado onde o crime ocorreu permitiram identificar os mandantes, os “organizadores” e os executores.

Os monstros são A.D., vulgo “Sherek” ou “Ogro”, 35 anos; A.D.S., vulgo “Coco” ou “Cabelo de Boneca”, 34 anos; E.L.I.E., vulgo “Tom”, 26 anos; E.A., vulgo “Dindo”, 28 anos; D.W.P., vulgo “Gordão” ou “Zóio Verde”, 29 anos; D.P.R., vulgo “Iran” ou “Régis” ou “Cacá”, 25 anos; F.S.L., vulgo “Maicon”, 28 anos; L.G., vulgo “Guga”, 28 anos; e M.A., vulgo “Marcinho”, 37 anos.

Já os assassinos V.F, vulgo “Bê”, 28 anos, e J.L.M., vulgo “Jadiel”, 32 anos, estão trancafiados em seu novo endereço por terem matado o investigador de polícia João Antônio Pires, em outubro passado, em Juquitiba.

O décimo-segundo preso removido é M.J.A.M., 34 anos, que em dezembro, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, por ordem de organização criminosa, invadiu a casa e tentou matar um PM da Rota, a unidade de elite da PM paulista. O PM reagiu e atingiu com dois tiros o bandido, que foi julgado e condenado. Terá agora, de sua janela, a visão do verde da mata fechada e a constante companhia de mosquitos.