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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012



Cinco homens tentaram fugir em carro roubado em Itaquera



Publicado em 31/12/2012 às 07h08: atualizado em: 31/12/2012 às 09h40


Do R7, com Agência Record


Uma perseguição terminou com uma troca de tiros, um bandido

morto e um policial militar baleado, por volta das 4h desta segunda-feira (31), na rua Carlos Mazer, região de Itaquera, na zona leste de São Paulo.

Cinco homens estavam em um carro e o motorista acelerou quando viu a viatura da Polícia Militar. Policiais Militares da Força Tática faziam um patrulhamento na avenida Jacú Pêssego, também em Itaquera, quando cruzaram com um carro com cinco pessoas. O motorista acelerou quando viu a viatura da PM, dando início a uma perseguição.

No caminho, os PM´s consultaram a placa do carro e confirmaram que o automóvel estava com placas adulteradas. Os policiais deram ordem de parada aos criminosos que não obedeceram. Na rua Carlos Mazer, o motorista que guiava o carro suspeito perdeu o controle da direção e atingiu um muro. Os cinco suspeitos desceram do carro e iniciaram uma intensa troca de tiros com os policiais.

Um policial militar foi baleado na perna e levado ao pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina. Um suspeito também foi atingido e levado ao mesmo hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Os outros quatro homens conseguiram fugir. Eles roubaram um carro que passava pela região e o utilizaram na fuga. A ocorrência foi encaminhada ao 63º Distrito Policial, mas deve ser investigada pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), por se tratar de resistência seguida de morte.

sábado, 29 de dezembro de 2012

ASSUNTO DE INTERESSE E QUE NÃO PODE SER ESQUECIDO JAMAIS

As FARC, o PCC, o PT.... e as eleições em São Paulo.

É de conhecimento público que o PCC possui estreitas ligações com as FARC, a organização terrorista colombiana fornece treinamento de guerrilha para membros do PCC, com quem ainda negocia um volume monstruoso de drogas e armas. Um diálogo interceptado pela polícia de São Paulo entre prisioneiros e criminosos ligados ao PCC levanta suspeita no mínimo inconveniente. A ordem de eliminar policiais militares na proporção de dois para cada bandido morto lembra a cartilha pregada pela AS FARC, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Num dos diálogos, um criminoso lembra que a ordem veio de cima e que é para desestabilizar o governo de São Paulo e criar um clima de terror na população. Mais de cem policiais já foram executados desde então. Curiosamente em época de eleições. Quando o traficante menciona que a ordem partiu do comando, paira uma dúvida no ar. Se este tipo de prática criminosa arranha a imagem do governo de São Paulo, sob o comando de Geraldo Alckmin, que apoia a candidatura de José Serra, a quem estas mesmas práticas estariam favorecendo, ainda que de modo indireto?
Vocês vão entender por que publico o documento acima, assinado por Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil e agora pré-candidata do PT à Presidência.
Pois é, leitor… A história dos petistas e do governo Lula com as Farc pode ser contada em capítulos. Nem é preciso fazer uma pesquisa muito exaustiva. Comecemos por observar que, ao longo dos anos, o lulo-petismo tem sido mais duro com o governo constitucional e democrático da Colômbia do que com os narcoterroristas. Explica-se.
Brasil neutro
Lula, Dilma, Haddad, o Itamaraty e os petistas não consideram as Farc terroristas — seqüestrar pessoas, degolá-las, manter campos de concentração na selva etc. não parecem caracterizar terrorismo para os nossos iluminados. Em março de 2008, numa entrevista ao jornal francês Le Figaro, Marco Aurélio Garcia declarava:
“Eu lhes lembro que o Brasil tem uma posição neutra sobre as Farc: nós não as qualificamos nem de grupo terrorista nem de força beligerante. Acusá-las de terrorismo não serve pra nada quando a gente quer negociar.”

É Pouco? Pois eu lembro mais. Naquele ano, a Colômbia havia atacado um acampamento dos narcoterroristas situado no Equador. Eles contavam com a proteção do governo daquele país, comandado pelo filoterrorista Rafael Correa. Leiam o que disse Marco Aurélio ao jornal francês:
“O Brasil condena firmemente o ataque colombiano ao território equatoriano, que é, antes de mais nada, uma violação da soberania territorial. Nós exortamos a Colômbia a apresentar suas desculpas ao Equador. Paralelamente, o Brasil age para baixar a tensão na região, que atingiu níveis inquietantes. O presidente Lula vai receber hoje [ontem] o Presidente equatoriano, Rafael Correa, e nós vamos pedir a criação de uma comissão de investigação no âmbito da Organização dos Estados Americanos.”
O Equador protegia terroristas e traficantes que seqüestravam e matavam na Colômbia, mas Marco Aurélio exigia desculpas dos colombianos!
Laços antigos
É compreensível! Vocês se lembram do Fórum de São Paulo, entidade fundada por Lula e Fidel Castro para reunir partidos e organizações da esquerda da América Latina? PT e Farc dividiram o mesmo teto na organização durante um bom tempo. Oficialmente, os narcoterroristas deixaram o Fórum. Quando estavam lá, já faziam o que fazem hoje: seqüestros, assassinatos, tráfico de drogas… Sob a bandeira da luta revolucionária marxista. Não que isso também não seja uma droga. Mas é outra.
Na reunião da OEA, que debateu o ataque, o Brasil atuou contra a Colômbia com a mesma fúria com que atuou contra Honduras. Hugo Chávez, o amigão das Farc, ameaçou ir à guerra!!! Naquela ação, morreu um dos chefões do bando, o terrorista pançudo Raul Reyes. Seu laptop, que foi apreendido, trouxe revelações espetaculares, indicando os laços entre o grupo e os governos da Venezuela e do Equador. E continha algumas coisas interessantes sobre o Brasil!!!
“Padre Medina”, sua mulher e Dilma Rousseff
Um dos chefões das Farc, o tal Padre Olivério Medina, mora no Brasil na condição de “refugiado político”. Desde 2006. Dele se diz ser um “ex-terrorista”. O laptop de Rayes trazia troca de mensagens entre os dois. Publicou o jornal colombiano El Tiempo no dia 10 de maio de 2008:
“(…) o contato das Farc, Francisco Antonio Caderna Collazos, o ‘Camilo’ [dois outros nomes de Medina] – casado com uma professora brasileira e encarregado de trocar cocaína por armas e do recrutamento de simpatizantes -, não pôde ser extraditado para a Colômbia porque goza do status de refugiado desde 2006″ (a íntegra da reportagem do jornal está aqui).
No dia 4 de junho de 2008, Diogo Mainardi revelou em sua coluna na VEJA que a mulher de Medina, Angela Maria Slongo, era funcionária do governo Lula, mais precisamente do Ministério da Pesca. A revista Cambio, da Colômbia, publicou o e-mail em que Medina informa a nomeação a Reyes:
17 de enero de 2007
De: ‘Cura Camilo’
A: ‘Raúl Reyes’
“El lunes 15 inició ‘la Mona’ su empleo nuevo y para asegurarla o cerrarle el paso a la derecha por si en algún momento les da por molestar, entonces la dejaron en la Secretaría de Pesca desempeñándose en lo que aquí llaman un cargo de confianza ligado a la Presidencia de la República”.
Traduzindo
Na segunda-feira, dia 15, a “Mona” começou em seu novo emprego e para garanti-la ou impedir que a direita em algum momento a hostilize, a colocaram na Secretaria da Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência da República.
“Mona” é como Medina, o “Cura Camilo”, se refere à sua mulher. A palavra tem tanto o sentido de coisa “fofa”, “delicada”, quando de macaca. Escolham… O que o e-mail evidencia? Que a contratação da “fofa” ou da “macaca” foi mesmo parte de uma ação política. Ora, quem será este sujeito indeterminado de “colocaram” e “chamam”?
Resposta: Dilma Rousseff. O requerimento que está no alto desta página foi publicado pela primeira vez do jornal Gazeta do Povo, do Paraná. Ali está o pedido de transferência. E o mais curioso: ela foi trabalhar no Ministério da Pesca em… Brasília! Vai ver passa as tardes pescando lambaris no lago Paranoá…
Segundo o jornal El Tiempo, Medina é um dos chefões de um troço chamado CCB – Coordinadora Continental Bolivariana. É o braço internacional das Farc, instalado em vários países. Reyes, o pançudo morto no Equador, divida a chefia da CCB com Medina e com Orlay Jurado Palomino, ou “Hermes”, que está na Venezuela.
Nos arquivos da Agência Brasileira de Inteligência em Brasília há um conjunto de documentos cujo conteúdo é explosivo. Os papéis, guardados no centro de documentação da Abin, mostram ligações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com militantes petistas. O principal documento nos arquivos foi datado de 25 de abril de 2002, está catalogado com o número 0095/3100 e recebeu a classificação de “secreto”. Em apenas uma folha e dividido em três parágrafos, esse documento informa que, no dia 13 de abril de 2002, um grupo de esquerdistas solidários com as Farc promoveu uma reunião político-festiva numa chácara nos arredores de Brasília. Na reunião, que teve a presença de cerca de trinta pessoas, durou mais de seis horas e acabou com um animado forró, o padre Olivério Medina, que atua como uma espécie de embaixador das Farc no Brasil, fez um anúncio pecuniário. Disse aos presentes que sua organização guerrilheira estava fazendo uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos petistas de sua predileção. A notícia foi recebida com aplausos pela platéia. Faltavam então menos de seis meses para a eleição. Um agente da Abin, infiltrado na reunião, ouviu tudo, fez um informe a seus chefes, e assim chegou à Abin a primeira notícia de que as relações entre militantes esquerdistas, alguns deles petistas, e as Farc podem ter ultrapassado a mera simpatia ideológica e chegado ao pantanoso terreno financeiro.
Sob a condição de não reproduzi-los nas páginas da revista, VEJA teve acesso a seis documentos da pasta que trata das relações entre as Farc e petistas simpatizantes do movimento. Dos seis documentos, três fazem menção explícita à doação de 5 milhões de dólares. Num deles, está descrita a forma de pagamento: o dinheiro sairia de Trinidad e Tobago, um pequeno país do Caribe, e chegaria às mãos de cerca de 300 pequenos empresários brasileiros simpáticos ao PT, que, por sua vez, fariam contribuições aos comitês regionais do partido como se os recursos lhes pertencessem. Em outro documento, aparece a informação de que o acerto financeiro fora celebrado entre membros do PT e das Farc durante uma reunião realizada numa fazenda no Pantanal Mato-Grossense – e que os encontros de cúpula seriam articulados com a ajuda de Maria das Graças da Silva, uma funcionária da Câmara dos Deputados em Brasília que já militou no PC do B e seria amiga muito próxima do “comandante Maurício”, apontado como a maior autoridade das Farc no Brasil. Ao contrário da doação financeira e do mecanismo do pagamento, que são descritos em detalhes nos documentos da Abin, a menção à reunião no Pantanal aparece seca e sem detalhes.
“Conheço ele, sim, mas e daí? Não articulei encontro nenhum”, garante a funcionária Maria das Graças, que diz ignorar qualquer reunião no Pantanal.
(…)
Os contatos políticos entre petistas e guerrilheiros das Farc são antigos. Começaram em 1990, quando o PT realizou um debate com partidos políticos e organizações sociais da América Latina e do Caribe para discutir os efeitos da queda do Muro de Berlim.
(…)
A reunião na chácara em Brasília foi uma mistura de encontro político com festa de amigos. A chácara chama-se Coração Vermelho, pertence ao sindicalista Antônio Francisco do Carmo e fica a 40 quilômetros de Brasília. O encontro começou às 11 da manhã e terminou no início da noite. Aconteceu em torno de uma mesa debaixo de árvores, para evitar que um grampo clandestino pudesse captar as conversas. No início, com todos de pé, abriu-se uma bandeira das Farc e cantou-se o hino da guerrilha. Para entrar na chácara, os participantes tinham uma senha: bater com a mão espalmada no peito. Ao meio-dia, serviu-se um churrasco, com arroz e vinagrete, cerveja e refrigerante. Um dos presentes era o vereador Leopoldo Paulino, secretário de Esportes do então prefeito de Ribeirão Preto, o hoje ministro Antonio Palocci. Pouco antes, Paulino fundara o primeiro comitê de apoio às Farc no Brasil, em Ribeirão Preto. Na chácara, exibiu-se um vídeo com a inauguração do comitê, e Paulino explicou seu funcionamento. “Não temos presidente ou diretor. Somos todos guerrilheiros ou não somos. Se somos, então todos fazem parte da luta”, disse ele, conforme o relato transcrito pelo agente infiltrado da Abin. Foi aplaudido pelos presentes.
A VEJA, o vereador Leopoldo Paulino, que foi guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional (ALN) e hoje é filiado ao PSB, negou que tenha participado de qualquer reunião na chácara Coração Vermelho. Outro que esteve presente, porém, o bancário Antônio Carlos Viana, um aguerrido militante comunista, confirmou a VEJA que a reunião foi feita, que o assunto era o apoio às Farc, mas disse que ninguém falou em dólares.
(…)
A primeira suspeita da generosidade financeira das Farc com esquerdistas brasileiros apareceu há dois anos, quando o deputado Alberto Fraga, hoje filiado ao PTB, contou que agentes da Abin lhe narraram a história. O deputado fez um discurso-denúncia sobre o assunto na tribuna da Câmara e tentou em vão abrir uma CPI. Não conseguiu recolher o número necessário de assinaturas de deputados. Sua denúncia não recebeu muito crédito, mas o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT paulista, procurou-o. Disse que estava incumbido pelo governo de processar Fraga e queria saber se o deputado tinha provas da denúncia que fizera. Fraga blefou. “Eu disse que podia até apresentar testemunhas em juízo.” Diante disso, Greenhalgh nunca mais tocou no assunto, segundo Fraga. “Eu só falei para que ele tomasse cuidado com aquela história. Disse que ele poderia acabar sendo processado porque a história não era verdadeira”, desmente Greenhalgh. “Eu não estava falando em nome do governo.”
No computador de Reyes, havia mensagens informando que as Farc estavam recebendo armamento da Venezuela. Em julho do ano passado, a Colômbia encontrou lança-foguetes de fabricação sueca, comprados pelo Exército venezuelano, em poder dos narcoterroristas. A negociação foi feita por dois generais próximos a Chávez, um deles acusado pelos EUA de envolvimento com o narcotráfico.
Chávez, inicialmente, negou. Apresentado às armas, deu uma resposta originalíssima: “Elas foram roubadas”. E ameaçou ir à guerra!!! Celso Amorim, o Megalonanico, não disse uma miserável palavra a respeito. Ou melhor, disse: afirmou não ter certeza de que aquilo houvesse mesmo acontecido, embora o próprio Chávez admitisse que as armas eram suas. O debate sobre o uso das bases colombianas pelos EUA estava no auge. Se Amorim nada disse contra a Venezuela, ele atacou duramente a Colômbia. Entre as Farc e os EUA, os nossos valentes já fizeram sua escolha.
Afinal, o Brasil é neutro em relação às Farc, mas não aos EUA… Numa das mensagens de Medina, ele diz que tinha muita esperanças de ficar no Brasil porque apostava bastante em Celso Amorim. Homem sábio!
Dado o conjunto da obra, as Farc passaram a considerar o Brasil um país seguro, com um governo amigo. Medina e Mona que o digam, não é mesmo, Dilma?
Por Reinaldo Azevedo

Dois são baleados ao tentar assaltar PM em SP

Posted by SP Body Count Police On 07:49 No comments
Um policial militar à paisana trocou tiros com criminosos durante uma tentativa de assalto em São Paulo. Os suspeitos estavam a pé e anunciaram o assalto ao policial que saía de uma pizzaria na zona norte da capital.
A cidade de São Paulo teve mais uma noite marcada pela violência nesta quinta-feira. Em pouco mais de quatro horas oito pessoas foram baleadas, quatro delas morreram. Veja o vídeo do Primeiro Jornal da Band.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Um policial militar foi assassinado a tiros na tarde desta quarta-feira (26) em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo). Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o cabo Luís Antônio da Silva, 46, foi atingido quando estava de folga. Ele é o 107º PM morto neste ano no Estado. Silva começaria a trabalhar algumas horas depois, à noite. A vítima foi alvejada por seis tiros, sendo cinco deles no rosto e um na nuca. O policial foi surpreendido por volta das 13h, quando saía da casa da mãe dele, no bairro Vila Natal. Segundo relatos de testemunhas à Polícia Civil, os atiradores estavam num carro. Ninguém conseguiu anotar a placa do veículo nem informar quantos eram os assassinos e nem quais eram as características físicas deles. Silva chegou a ser socorrido no pronto-socorro Luzia de Pinho Melo, mas não resistiu aos ferimentos. Após o crime, os atiradores fugiram. Até a conclusão desta edição ninguém havia sido preso pelo assassinato. O caso foi registrado no 1º DP de Mogi das Cruzes e será encaminhado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Base da PM é atacada na zona sul de SP Criminosos em uma moto passaram atirando contra os policias, mas ninguém ficou ferido. A base funciona no bairro do Sacomã. Dois suspeitos já estão presos, um deles já tem passagem pela polícia. Veja o vídeo:






Policiais militares trocaram a tradicional boina preta por gorro de Papai Noel

Os policiais militares da cidade de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, trocaram a boina preta da farda pela touca do Papai Noel. A iniciativa faz parte da Operação de Natal da Polícia Militar (PM), que colocou 45 soldados da escola da PM nas ruas dos municípios de Pato Branco, Palmas e Coronel Vivida para reforçar a segurança das pessoas durante as compras de fim de ano.

A troca da boina pela touca dividiu opiniões entre a população e colegas policiais. Uma foto postada no Facebook com três policiais usando o adereço teve mais de 600 compartilhamentos e a maior parte dos comentários foi positivo. Nas ruas, a impressão foi semelhante. “Engraçado, bem bonito”, comentou uma moradora.

Porém, em sites especializados na atividade policial o entendimento foi diferente. Textos publicados por policiais consideraram o uso da toca como um desacato à função pública exercida. Para os contrários à iniciativa, o uso da toca deixa os policiais pouco à vontade, desmotivados e afrontados.

A Polícia Militar do Paraná informou que o comando do 3º Batalhão de Pato Branco teve a intenção de aproximar a polícia da comunidade e, por esta razão, autorizou o uso da touca no dia da abertura do natal na cidade, em novembro, e no reforço do policiamento de natal, que ocorreu nesta semana. Ainda segundo a PM, os policiais já voltaram a usar as boinas que acompanham a farda.


G1


Leia mais em http://www.amigosdecaserna.com.br/policiais-militares-trocam-boina-por-touca-de-papai-noel-no-interior-do-pr/#ixzz2G4VmZOqV

Política de segurança de SP 'esquece' direitos humanos e privilegia uso da força


A falta de controle da violência, principalmente a policial, e o discurso de governantes estaduais como Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, que dão legitimidade política ao uso da “força” como regra por parte da polícia, não como exceção, demonstram que além de não ter êxito no combate ao crime, a política de segurança pública do estado mais populoso e mais rico do país é indiferente aos direitos humanos. Entre 2007 e 2011, de acordo com informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2.311 foram mortas pela polícia no estado de São Paulo.
Para a secretária executiva e coordenadora de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, mesmo com a redução de quase 70% nos casos de homicídios naquele período no Estado de São Paulo, o número de assassinatos ainda é alto e esta diminuição não foi acompanhada de queda nas taxas de mortes provocadas pelas polícias, principalmente a Polícia Militar. “O resultado 'morte' era para ser uma fatalidade nas operações da polícia, e não o padrão. São Paulo tem uma média de 4 mil a 4,5 mil homicídios por ano e 20% do número das mortes ocorridas na cidade são praticadas pela polícia”, afirma a pesquisadora.
Segundo ela, a falta de controle do uso da força por parte da polícia no Estado de São Paulo é evidenciada por dois dos principais parâmetros internacionais usados sobre o tema: o primeiro, quando o número de mortes causadas pela polícia for maior que 10% do total de homicídios em geral, e o segundo, quando há mais mortes do que feridos.
“A grande questão é que no Brasil a gente não consegue mudar o padrão de uso da força policial. Em alguns momentos se conseguiu reduzir. Em 1996, por exemplo, houve 200 casos de mortes por policiais no Estado de São Paulo. O governo, quando implementa políticas públicas voltadas ao controle das polícias, consegue reduzir as taxas de letalidade, mas não é capaz de mudar o padrão de uso da força”, afirma. Isso faz com que as taxas variem conforme as crises cíclicas de violência que têm ocorrido em São Paulo desde o início da década de 1990.
Em análise feita para o 5º Relatório Nacional sobre Direitos Humanos no Brasil pelo NEV-USP (Núcleo de Violência da Universidade de São Paulo), Samira aponta que casos de violência institucional no Brasil nos últimos anos costumam ser acompanhados de respostas frágeis por parte do Poder Executivo, do Judiciário, das polícias e do Ministério Público. A análise no relatório foi feita juntamente com Renato Sérgio de Lima, membro do conselho de administração do fórum.
Para ilustrar esta afirmação, Samira e Lima apontam como exemplo a nomeação de Nivaldo Cesar Restivo, feita por Alckmin, em setembro deste ano, para o comando das Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Ele responde a processo por denúncia de lesão corporal grave que teria ocorrido após o massacre de 111 presos no presídio do Carandiru, em outubro de 1992. Restivo participou da operação de rescaldo em que 87 presos sofreram agressões e maus tratos. O massacre do Carandiru ocorreu em outubro de 1992 e até hoje os 120 policiais militares envolvidos no assassinato e em agressões não foram julgados — o Tribunal do Júri está marcado para acontecer no mês de janeiro.
No mesmo mês que nomeou Restivo para o comando da Rota, Alckmin, ao defender ação do grupo especial da PM paulista em operação que resultou na morte de nove pessoas em Várzea Grande Paulista, na Grande São Paulo, disse que “quem não reagiu, está vivo”. Em cerimônia de transmissão do cargo na Secretaria de Segurança Pública no mês passado, o governador disse que o policial militar “é” o Estado em contraposição ao discurso de Fernando Grella, secretário empossado, que havia afirmado que os policias “representam” o Estado. Alckmin foi enfático ao dizer que os policiais não apenas representam o Estado, mas que eles realmente “são” o Estado.

Governador Alckmin: "Quem não reagiu está vivo", ao justificar o saldo de nove mortos em Várzea Grande Paulista

Oscilações
De acordo com Samira, os índices de letalidade das polícias em São Paulo desde meados da década de 1980 oscilam de acordo com as políticas de segurança definidas pelos governadores e seus secretários de segurança, ora atingindo picos como o de 1992 (1.470 mortos em operações da PM, incluindo aí os 111 do massacre do Carandiru), quando Luiz Antonio Fleury Filho era governador, ora baixando, como os cerca de 200 por ano entre 1996 e 1997, durante governo de Mário Covas (PSDB).
Segundo Samira, na década de 1990 foram adotadas ações voltadas para o controle das polícias, como o afastamento do policiamento ostensivo por seis meses de policiais militares envolvidos em mortes, a criação da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo (1995) e a divulgação de informações oficiais da Secretaria de Segurança Pública (1995), mas na década seguinte houve retrocessos.
“Na última década o que se tem é que normalmente promotores de Justiça estão à frente da Secretaria de Segurança e o que se esperava é que, a partir do momento em que o Ministério Público, que tem como uma de suas prerrogativas constitucionais o controle externo das polícias, assumisse a secretaria, é que os índices de letalidade diminuíssem. Não só não foram reduzidos como, aparentemente, o controle das polícias sai da agenda do governo”, diz Samira.
De acordo com ela, os sinais dados pelos governantes, secretários de segurança pública e pelos comandos policiais são fundamentais para determinar a forma como as polícias agem. “Quando Grella disse no discurso de posse que direitos humanos e combate ao crime não são incompatíveis isto é um sinal muito importante, um indicativo”, afirma. Samira vê com otimismo a indicação de Grella para a secretaria em relação à expectativa sobre controle do uso da força policial e diminuição das taxas de letalidade.

Rota na rua
Do discurso aos atos, Samira aponta que o uso da Rota em operações de policiamento ostensivo coincidiu com os períodos de maiores taxas de letalidade da PM. “A Rota tem um papel fundamental, mas não deve funcionar no policiamento ostensivo. O que fez o Ferreira Pinto (Antonio Ferreira Pinto, ex-secretário de Segurança) foi o que Fleury fez no início da década de 1990, quando colocou a Rota no policiamento ostensivo. É o período com o maior número de mortes pela polícia. Foram 1.140 em 1991 e 1.470 em 1992,”, afirma.
Ferreira Pinto ficou cerca de três anos à frente da secretaria e foi substituído por Fernando Grella após uma onda de violência em São Paulo com aumento no número de homicídios em geral, mortes executadas por policiais, mortes de PM atribuídas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e de suspeita de atuação de grupos de extermínio formados por policiais militares.

"Autos de resistência"
Uma das questões apontadas pela secretária executiva do Fórum Nacional de Segurança Pública como evidência da falta de controle sobre as polícias é o uso dos registros de “resistência seguida de morte” e “autos de resistência” em boletins de ocorrências quando de mortes executadas por policiais durante operações de policiamento. O fim destes registros por parte das polícias civis estaduais em boletins de ocorrência foi recomendado por uma resolução da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República na primeira quinzena de dezembro, mas no Estado de São Paulo, por exemplo, o governo já informou que não vai abandonar o registro de “resistência seguida de morte”.
“Em São Paulo, um assassinato cometido por um policial não é registrado como homicídio, é registrado como resistência seguida de morte. O que quer dizer que o policial, em legítima defesa, teve de atirar e a culpa fica para a vítima. Com isso, ele vai ser julgado por um tribunal militar e não pelo poder Judiciário”, afirma.
Além de patinar no controle do uso da força pelas polícias, o governo paulista também tem tido uma atuação insatisfatória no combate aos crimes em geral e especialmente ao crime organizado. Segundo Samira, o bate-boca entre o ex-secretário Ferreira Pinto e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em outubro, no auge da crise de violência em São Paulo, após oferta do ministério para envio da força de segurança nacional, recusada pelo secretário, é uma evidência de erro na política de segurança estadual.
“Ou trabalha de forma integrada, ou vamos continuar nestes ciclos de violência, como em 2002, 2006 e agora, em 2012. São Paulo não está conseguindo combater o crime, temos uma redução no caso de homicídios, mas o número de crimes contra o patrimônio é altíssimo e há um problema grave, o crime organizado. De 2006 para cá, se começou a discutir o PCC (Primeiro Comando da Capital, facção política) e o governo chegou a dizer que tinha desarticulado o organismo. Mas o que percebemos nesta última crise é que isso está longe de acontecer”, afirma.

* Texto originalmente publicado no site  da Rede Brasil Atual

PM reagiu quando três suspeitos tentaram roubar um mercado Publicado em 20/12/2012 às 20h51: atualizado em: 21/12/2012 às 07h51 Da Agência Record Veja o vídeo:
Bandidos abordaram vítima na avenida Aricanduva


Publicado em 24/12/2012 às 07h04: atualizado em: 24/12/2012 às 07h07
Do R7, com Agência Record
Um homem morreu após tentar assaltar um policial militar, por
volta das 21h de domingo (23), na avenida Aricanduva, zona leste de São Paulo.
De acordo com a Polícia Militar, o policial estava parado em um semáforo da região quando foi abordado por quatro homens em um semáforo da avenida. 
O agente reagiu e feriu um dos suspeitos, que morreu no pronto- socorro Jardim Iva. Na manhã desta segunda-feira (24), ninguém havia sido preso.
O caso foi registrado no 53º Distrito Policial.
Uma arma de brinquedo foi apreendida.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

"MAIS UM ROUBO À POLICIAL..."

Um bombeiro morreu após reagir a uma tentativa de roubo em frente a igreja Congregação Cristã no Brasil na avenida Ipê Roxo, no Jardim Jaraguá, zona leste de São Paulo, por volta das 21h de domingo (23).

Segundo a polícia civil, dois motociclistas abordaram o bombeiro quando ele saía de um culto na igreja e anunciaram o roubo. Ele reagiu e trocou tiros com os suspeitos.

Na troca de tiros, o bombeiro e um dos criminosos foram baleados. Eles foram levados ao pronto-socorro de Itaim Paulista, onde o bombeiro morreu. O outro suspeito fugiu sem levar nada.

Balas perdidas atingiram de raspão a perna de uma mulher de 90 anos e a barriga de outra de 56. Elas foram levadas a hospitais da região.

O caso será registrado no 24º Distrito Policial de Ermelino Matarazzo.
Apu Gomes/Folhapress

Polícia isola local onde bombeiro foi morto a tiros no Jardim Jaraguá, zona leste de São Paulo

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

EXPLOSÃO EM DELEGACIA DE MACEIÓ

Posted by SP Body Count Police On 17:51 No comments
Redação em Notícias › Maceió


por Anna Cláudia Almeida


Terror, medo, angústia, desespero e comoção. Foi assim que a noite de 20 de dezembro de 2012 ficou marcada para a população alagoana que presenciou a tragédia na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), localizada no bairro do Farol. A morte da agente da Polícia Civil Maria Amélia Dantas e a descoberta de um paiol com diversos explosivos deixaram o clima ainda mais tenso, com moradores preocupados em ter como vizinho um ‘barril de pólvora’.

No dia seguinte, o CadaMinuto esteve no palco da tragédia e ainda é possível perceber as insegurança no semblante das pessoas que temem novos riscos de explosão. Equipes da perícia seguem no local realizando os levantamentos para descobrir o que provocou tal acidente, jamais visto em Maceió. A movimentação é intensa, tanto de policiais como da imprensa que a todo momento busca novos detalhes e respostas para a tragédia.

O cenário é de destruição, algo somente visto em guerra. Apesar da equipe não ter acesso às dependências da Deic, a constatação pelas fotos encaminhadas ao portal mostram que o prédio ficou totalmente destruído. A área segue isolada para evitar a entrada de pessoas e adiantar a conclusão do laudo que será produzido pelas equipes da Perícia Oficial.

A situação não é muito diferente entre moradores e comerciantes da região próxima à Deic. O impacto destruiu residências, estabelecimentos comerciais e na manhã desta sexta-feira (21), a população começou a contabilizar os prejuízos. Portas foram arremessadas, vidros estilhaçados e o que restou para quem vivenciou as horas de terror foram o medo e a incerteza da segurança.

Veja abaixo fotos registradas pela equipe na manhã após a tragédia.


ACORDA SOCIEDADE!!!

Posted by SP Body Count Police On 17:50 No comments

Um policial é morto a cada 32 horas

Posted by SP Body Count Police On 17:45 No comments

De acordo com dados das secretarias estaduais de Segurança Pública divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo, relativos a janeiro a outubro deste ano, 229 policiais civis e militares foram mortos no Brasil. O estado líder em matança de policiais é São Paulo, com 98 casos.
A Bahia, que em outubro aparecia com 16 casos, ao lado do Pará, contabiliza hoje 25 mortes. O número total mostra que um policial é morto a cada 32 horas no País.
Os dados mostram que grande parte dos 229 policiais, entre civis e militares, (183 ou 79% ) estava de folga no momento do crime. O número pode ser ainda maior porque Rio de Janeiro e Distrito Federal não discriminam as causas da morte dos policiais mortos fora do horário de trabalho. O estado do Maranhão não forneceu dados.
O estado com maior número de policiais assassinados é São Paulo, que tem quase metade das ocorrências - 98 policiais mortos, 88 deles PMs.  A Bahia aparece em segundo, empatado com o Pará.  Dos 16 policiais mortos na Bahia em 2012, 14 estavam de folga e 2 estavam a serviço quando foram assassinados.

Dois PMs são atacados em SP

Posted by SP Body Count Police On 17:04 No comments
Um reagiu a assalto e outro foi baleado em frente à casa da sogra Dois policiais militares foram atacados entre a noite desta terça-feira (18) e a madrugada desta quarta-feira (19). Um deles reagiu a uma tentativa de assalto e baleou um dos criminosos. Já o outro PM foi atingido na frente da casa da sogra. Dois homens tentaram roubar a moto de um policial militar, na madrugada desta quarta-feira, no cruzamento da avenida Marechal Tito com a rua Igarapés, no bairro Vila Curuçá, na zona leste da capital paulista. O agente que estava de folga reagiu e baleou um dos suspeitos. O outro conseguiu fugir. O homem atingido foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Os policiais encontraram uma pistola .40 com o brasão da Polícia Militar foi encontrada na sargeta. Segundo a PM, a arma seria dos suspeitos. O policial não ficou ferido. O caso vai ser investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa).

ALERTA: 103 POLICIAIS MILITARES - 19/12/2012

Posted by SP Body Count Police On 16:54 No comments

Morre PM baleado em frente à casa da sogra

Ele foi atacado por três homens que passaram a pé na terça-feira (18)


Publicado em 20/12/2012 às 09h12: atualizado em: 20/12/2012 às 09h19


Do R7, com São Paulo no Ar


Edison Temoteo/Estadão Conteúdo

PM foi baleado na frente da casa da sogra no bairro dos Pimentas, em Guarulhos, na região metropolitana de SP

O policial militar, de 36 anos, que foi atingido por vários disparos na porta da casa da sogra em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, morreu no fim da tarde desta quarta-feira (19).

Ele estava internado em estado grave e não resistiu aos ferimentos. O corpo foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Guarulhos, onde passou por exames.

Ele deve ser velado nesta quinta-feira (20), a partir das 10h30. O enterro está previsto para as 14h.

Dois PMs são atacados em SP

O caso

O policial militar foi baleado em frente à casa da sogra no bairro dos Pimentas, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na última terça-feira (18). Três homens passaram andando e atiraram no policial. Ao ser atacado, ele ainda tentou reagir, mas não acertou os atiradores.

Ele foi atingido por pelo menos cinco tiros. Os autores do crime fugiram em seguida. O agente trabalhava em São Miguel Paulista e há um ano atuou na mesma região onde foi atacado.

Veja o vídeo:

PM reagiu quando três suspeitos tentaram roubar um mercado

Publicado em 20/12/2012 às 20h51: atualizado em: 21/12/2012 às 07h51


Da Agência Record

Grizar Júnior/Sigmapress/Estadão Conteúdo

PM à paisana é baleado em tentativa de assalto a mercado na zona norte

Um policial militar à paisana foi baleado após reagir a uma tentativa de assalto em um mercado, na avenida Josino Vieira de Góes, bairro do Tremembé, zona norte da capital. Na troca de tiros, um bandido também foi baleado.

Três homens chegaram ao estabelecimento e anunciaram o assalto. O PM se identificou e deu voz de prisão aos bandidos, que tentaram fugir. O policial foi atrás e houve troca de tiros.

O agente foi encaminhado ao Hospital da Policia Militar. Informações iniciais indicam que ele levou um tiro no rosto. O suspeito foi para o Hospital São Luiz Gonzaga.

Os outros dois bandidos fugiram, mas foram detidos na sequencia por policiais que faziam ronda no local.

A ocorrência está sendo encaminhada para a Central de Flagrantes do 20º Distrito Policial. O local da troca de tiros está sendo preservado pela Polícia Militar.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

ATENÇÃO: SAÍDA TEMPORÁRIA

Posted by SP Body Count Police On 08:11 No comments
Ao menos 23 mil detentos deverão deixar as prisões do Estado de São Paulo a partir de sexta-feira (21/12/12) para passar o Natal e o Ano-Novo com a família.
 
Têm direito à saída temporária os presos que cumprem pena em regime semiaberto e possuem bom comportamento.
 
Quem não retornar até 2 de janeiro será considerado foragido, perderá o benefício e ficará em regime fechado.

VAMOS REDOBRAR AS CAUTELAS....

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Na visão da periferia, PCC reduziu crimes, diz canadense que estuda violência em São Paulo


Julianna Granjeia
Do UOL, em São Paulo



Baixos salários, falta de investimento, de funcionário especializado e de reconhecimento do trabalho são os problemas apontados pelo pesquisador canadense Graham Denyer Willis para a crise na segurança pública que atinge o Estado de São Paulo .
Willis veio ao país em 1996 fazer um intercâmbio e desde então acompanha a questão da criminalidade.
Em 2005, ficou intrigado com o resultado do referendo sobre armas de fogo e resolveu pesquisar o motivo de a maioria dos brasileiros ser contra a proibição da venda mesmo com o alto índice de homicídio no pais.
Foi quando ele descobriu o PCC (Primeiro Comando da Capital) --facção criminosa que atua nos principais presídios do pais-- e aprofundou sua pesquisa, que deve virar um livro após a conclusão.

Onda de crimes no Estado de São Paulo




Foto 110 de 110 - 9.dez.2012 - Bombeiros apagam fogo em ônibus na praça Erotides de Campos, no Parque Edu Chaves, zona norte de São Paulo. O ônibus foi incendiado durante a madrugada. Segundo os bombeiros, duas pessoas que estavam no interior do coletivo morreram carbonizadas Mais Edison Temoteo/Futura Press
Para o especialista, a facção é responsável pela queda nos índices de criminalidade em algumas regiões da capital paulista. "Os moradores falaram que, quando o PCC chegou, [os criminosos] estabeleceram uma ordem forte do que pode ser feito e do que não pode ser feito dentro da comunidade", declarou Willis.
O canadense é candidato a pós-doutorado em estudos e planejamento urbano no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), pesquisador visitante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pesquisador sênior do Instituto Igarapé.
Logo após os ataques do PCC de 2006, Willis passou cerca de quatro meses morando em uma das comunidades dominadas pela facção em São Paulo. O bairro não será divulgado por motivos de segurança, já que o pesquisador ainda não concluiu seu trabalho.
"Foi ficando perigoso passar muito tempo na comunidade, perguntando coisas, falando com as pessoas, e resolvi entender o outro lado. Como a polícia interagia com essas comunidades e como era o impacto do PCC no trabalho da polícia", afirmou Willis.
Neste ano, o canadense começou a acompanhar o trabalho dos policiais em uma delegacia de São Paulo, que ele também prefere não divulgar para não atrapalhar seu relacionamento com os policiais.
A pesquisa ganhou destaque após a publicação, no dia 1º dezembro, do artigo "O que está matando a polícia brasileira? " do jornal americano "The New York Times".
No texto, o especialista diz que o alto número de policiais militares assassinados este ano (quase cem) está relacionado aos salários baixos e a falta de apoio oferecida pelo Estado aos PMs.
Em entrevista ao UOL, Willis conta que ficou muito impressionado com as condições de trabalho da polícia paulistana e com a falta de confiança da população nos policiais.

UOL - O que você observou pesquisando o PCC?

Willis - O que foi interessante é que foi logo depois dos ataques do PCC em 2006, mas a pesquisa também foi feita na época em que o governo dizia que a queda de homicídios era devida ao trabalho da polícia. Foi uma queda grande, de 75%. Mas na visão da periferia não era nada disso. Até 2002, mais ou menos, quem estava morrendo era jovem entre 15 e 29 anos. Chegou um ponto, em 2003, 2004, que o PCC chegou de fato nas ruas e fez uma união entre os grupos menores armados que estavam na periferia.
Os moradores falaram que, quando o PCC chegou, [os criminosos] estabeleceram uma ordem forte do que pode ser feito e do que não pode ser feito dentro da comunidade E que se acontecesse alguma coisa tinham que falar com eles. Um sistema de lei e ordem bem diferente. São as regras que estão no estatuto. Já tem dois estatutos, um bem recente . Aí na comunidade não era só quem estava batizado, mas quem morava na comunidade que também não podia desobedecer as regras do PCC. E eles falam que antes era muito pior, [havia] briga entre policia e bandido, morria muito gente. Não podiam sair na rua à noite. Depois que chegou o PCC, estabeleceu essa ordem. Todo mundo sabe que se desobedecer vai ser julgado, sabe o que vai acontecer. Violar mulher, por exemplo, todo mundo sabe que é um crime muito grave e que o cara vai desaparecer ou vai morrer. Então, a taxa de homicídio nesses bairros caíram muito por causa disso. Na visão da periferia, nas comunidades onde o PCC controla, o PCC tem muito a ver com a queda dos homicídios, desde 2003, 2004. O Gabriel [de Santis] Feltran escreveu um livro ["Fronteiras de Tensão"] muito importante sobre isso.
Se você ver os dados de 1999, por exemplo, as comunidades que tinham mais problema com violência, são as que hoje estão dominadas pelo PCC, como Sapopemba, Jardim Angela, Cidade Tirandentes, Capão Redondo, Campo Limpo. Depois do PCC, a taxa [de criminalidade] nessas comunidades caiu muito.

Quando você resolveu pesquisar a polícia?

A relação entre cidadão e a policia no Brasil sempre foi muito difícil porque tem a história muito profunda de que essa policia estava nas ruas durante a ditadura. E não tinha quase ninguém pesquisando a policia, para acompanhar, para saber qual é a realidade da rua, dos policiais que ganham um salário muito baixo, que moram na periferia. Eu conheci vários policiais que falavam que moravam em Sapopemba, em Campo Limpo, nesses lugares onde estão o PCC. Aí eu fiquei muito surpreso porque, então, o cara sabe quem manda na comunidade. E quando acontece alguma coisa nesses lugares, os moradores não avisam os policiais que moram lá, porque o PCC não vai gostar e vai ser resolvido com eles. Fiquei impressionado. Como esse policial faz, então, se ele tem que morar nessa comunidade, totalmente desmoralizado, ninguém quer saber quem ele é e, se souber, não vai gostar dele? Como ele faz o seu trabalho? Achei um problema muito grande e quis pesquisar melhor. Fui atrás de entender melhor.

Sobre falta de estrutura para o trabalho da polícia, você chegou a constatar alguma coisa?

O policial da rua, o investigador, o soldado ou o cabo têm uma realidade diferente da dos [policiais] mais altos, de quem manda. É muito difícil que os policiais que mandam, que fazem política, que estão mais ligados ao governador, saibam bem qual é a realidade da rua. Essas pessoas nunca moraram em uma favela, nunca viveram em uma condição de ganhar R$ 600, em que ele teve que trabalhar em mais três, quatro, bicos para poder pagar a escola da filha. Então fica difícil até porque o policial que está na rua nunca vai chegar ao ponto de ser chefe. (...) O que ainda é pior dentro da Polícia Militar. A instituição militar não tem espaço para a criatividade, para diálogo, não pode falar com seu superior, você é subordinado totalmente. As suas ideias não importam, são as ideias de quem mandam que são importantes. Só que quem manda não conhece bem a realidade das ruas.

O que mais você observou de dificuldade no trabalho dos policiais?

Salário é difícil, recurso é muito difícil. Por exemplo, tem muita gente falando sobre o trabalho de investigação hoje em dia, falta muito perito. Só em casos mais importantes, como homicídio, é que vai perito. Em casos gerais, dificilmente perito vai. A investigação precisa de muito mais recurso porque um caso não vai ser resolvido sem investigação.

Você chegou a pesquisar o valor ideal para o salário de um policial?

Não. Foi mais conversas com policiais. O salário do policial [soldado da PM em São Paulo] é de R$ 2.000 e pouco [com as gratificações], só que o cara tem que trabalhar em dois bicos em que, às vezes, pagam mais do que isso. Para sustentar mesmo família, viver em condições dignas, ele tem que ganhar mais ou menos o triplo do salário. Então, é uma situação muito difícil.

Isso seria uma das causas para a corrupção policial?

Em geral, fala-se isso. Por exemplo, esse policial que ganha R$ 2.000, que vai atrás do crime organizado e que de repente pega um cara que tem muito dinheiro na mão, com R$ 5.000 no bolso. Esse policial, que ganha muito mal, fica numa situação difícil porque ele sabe que pode pegar, pode levar, e vai ser muito difícil alguém ir atrás dele. O cara pode até ter muito moral, falar que é honesto, mas com o tempo é muito difícil não entrar na onda porque esse cara não consegue sair da comunidade onde foi criado, que é onde tem esses criminosos mais poderosos. Claro que ele quer sair, mas fica difícil.

O que você observou do papel do Estado durante essas situações críticas?

No meu entender, o policial de baixo escalão fala que não faz parte do Estado. Ele tem esse sentimento de que quem manda está em outro sistema totalmente diferente do dele. Ele fala "o Estado faz isso, que manda" como se ele não fizesse parte daquilo, como se a polícia não fizesse parte desse Estado que manda. Ele se sente deslocado de quem está falando como deve ser e como vai melhorar.


Do que você pesquisou até agora, o que precisa ser feito para melhorar o sistema de segurança do Estado?
A questão do salário é muito importante, mas não é o ponto central. Outra coisa, é que o policial em geral tem que ser valorizado dentro das suas próprias comunidades. Por exemplo, seria muito bom chegar a um ponto em que o morador reconheça que o policial mora do seu lado e que se houver algum problema, ele pode procurar o policial, que ele vai entender, vai encaminhar para o lugar certo, alguém de confiança. Tem que fortalecer muito mais a investigação, para apurar os casos, desenvolver bem melhor do que o que está sendo feito agora. Tanto casos de homicídios, como de outros. A demora é muito grande para investigar, tem casos em que a pericia nem chega ao local do crime. Para fazer um laudo, demora mais de um mês. Então, é muito difícil. Em geral, a polícia tem que ser mais valorizada e receber mais investimento. Ficou desse jeito agora porque a população não confia na policia e tem razões históricas pra isso. A política acabou se afastando da polícia também. É mais fácil contratar segurança privada do que confiar na polícia. É importante que a política lá em cima tente reformar a visão da policia em geral. Tentar mudar a ideia de que policial é corrupto ou violento ou os dois para a que o policial está trabalhando para melhorar a sociedade e está do lado do cidadão. E que não precisa ser um policial violento, e sim um policial investigativo. Tem que valorizar uma polícia que seja mais proativa do que reativa.


Do início da sua pesquisa até o momento, você percebeu alguma mudança nas ações do Estado? Alguma melhora?

Já melhorou um pouco. A corregedoria, por exemplo, foi para a Secretaria de Segurança Pública em vez de ser da Polícia Civil. Teve algumas mudanças estruturais dentro da instituição que foram importantes. Mas você vê que essas mudanças só acontecem depois de algum caso polêmico. Os ataques de 2006, por exemplo, o caso daquela escrivã despida à força , tem esses casos polêmicos que saem na mídia e o Estado acaba reagindo e faz alguma coisa. Os avanços foram por causa disso, em vez de investimento, é reação. Tem que ser mais proativo do que reativo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012


Eduardo Velozo Fuccia
Atualizado às 22h13

Sargento reformado da Polícia Militar há três anos, Orivaldo Silva dos Santos, de 53 anos, foi assassinado com vários tiros às 16h30 desta terça-feira, em São Vicente. O policial era casado e deixa três filhos. A última unidade na qual ele esteve lotado foi o 6º BPM/I (Santos).

O crime foi cometido por dois homens não identificados. Antes da fuga, eles roubaram o celular e a arma de fogo do policial, que trabalhava como segurança de uma casa de alto padrão da Rua Santa Cruz, no Parque Bitaru.

Os matadores renderam Orivaldo diante da residência e o obrigaram a entrar nela. Ali, ocorreram os disparos. “Não sabemos ainda ao certo se a vítima reagiu ou os criminosos a executaram sumariamente”, diz o delegado Luiz Fernando Salvador, do 1º DP.

Acompanhado do investigador Otávio Delgado, Salvador esteve no local do crime e apurou que a dupla teria fugido em um Peugeot preto. Para o delegado, embora seja prematuro apontar a provável hipótese para a morte do sargento, ele acredita que a intenção dos desconhecidos era assaltar a casa.

“Aparentemente, os criminosos tentaram roubar a casa e atiraram em razão de suposta reação. Caso a intenção fosse executar a vítima, seria mais provável os bandidos já chegarem disparando”, justifica Salvador.

De cinco a seis tiros atingiram Orivaldo. Levado ao Hospital Municipal de São Vicente, ele morreu logo após dar entrada. O seu corpo foi removido ao Instituto Médico-Legal (IML) de Santos para ser submetido aos exames de praxe. Até por volta das 21 horas, policiais civis e militares realizavam buscas na tentativa de identificar e prender os assassinos.


Publicado em dezembro 18, 2012
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O sargento da Polícia Militar Orivaldo Silva dos Santos foi assassinado na tarde desta terça-feira, no Parque Bitaru, em São Vicente.
O policial militar, em trajes civis, estava na Rua Santa Cruz, próximo ao número 347, quando foi abordado por dois indivíduos que o atingiram com seis disparos de arma fogo.
A vítima de homicídio foi levada ao Pronto Socorro do Hospital Municipal de São Vicente, mas não resistiu aos ferimentos.
Orivaldo tinha 53 anos, era casado, tinha três filhos e estava reformado há 3 anos.
Os responsáveis pelo crime ainda não foram identifcados.

Fonte: G1

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fonte: Revista Época

19/11/2012 08h00

Marta, Marcelo, André, Marcos e Paulo: cinco vítimas da violência que já matou ao menos 94 PMs no Estado neste ano

ALBERTO BOMBIG, ANGELA PINHO, LEOPOLDO MATEUS E VINÍCIUS GORCZESKI


MINIATURAS
Bíblia e condecoração usadas no funeral do policial Paulo
Fernando Ribeiro Borges. Ele gostava de comprar carrinhos
de polícia para o filho caçula
(Foto: Marcelo Min/Fotogarrafa/ÉPOCA)

Desde o início do ano, pelo menos 94 policiais militares morreram em São Paulo, grande parte deles alvo de tiros pelas costas, disparados por motoqueiros encapuzados. O assassinato sistemático dos soldados que os paulistas pagam, com seus impostos, para garantir sua segurança, configura mais que uma crise. É um ataque ao contribuinte e às instituições do Estado. Nem em 2006, quando uma organização criminosa paralisou a capital paulista por um dia, o número de policiais mortos atingiu essa cifra – foram 61 assassinados até outubro daquele ano. Até os tristes episódios deste ano, São Paulo era considerado um caso de sucesso na área de segurança pública. Entre 1999 e 2011, a taxa de homicídios no Estado caiu de 35 por 1.000 habitantes para 10. Isso fez do Estado um dos mais seguros do país.

O plano para baixar a taxa de crimes violentos em São Paulo começou a ser elaborado durante a gestão Mário Covas (governador do Estado entre 1994 e março de 2001, quando morreu de câncer). Com alguns percalços, teve continuidade nas gestões seguintes, deGeraldo Alckmin (2001-2006) e José Serra (2007-2010). Seu principal pilar era o alentado setor de inteligência da Polícia Civil, que formou uma tropa de elite no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A partir de 2011, no segundo mandato de Alckmin, esse aparato foi gradativamente desativado, sob o pretexto extraoficial de desmontar esquemas de corrupção. No ano passado, o delegado Marco Antonio Desgualdo foi exonerado do cargo de chefe do DHPP. Hoje exerce funções secundárias. Domingos Paulo Neto, que chefiou a Polícia Civil entre março de 2009 e janeiro de 2011, perdeu o cargo e foi transferido para a área de transportes da corporação. O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, responsável pela investigação da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel e pelo caso Suzane Von Richthofen – bastante elogiado na condução das duas questões –, também perdeu o cargo, e hoje não tem função relevante. O delegado Ruy Fontes, conhecido como o xerife do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), foi parar no 92º Distrito Policial, na Zona Sul, uma das áreas mais violentas da cidade.
O aparato da época de Mário Covas foi desmontado no segundo governo de Alckmin

O comando do combate ao crime em São Paulo passou, a partir do segundo governo de Alckmin, para a Polícia Militar (PM). Reconhecidamente, a PM não tem um setor de inteligência tão eficaz quanto a Polícia Civil. A PM também é acusada de promover ações violentas arbitrárias e de, com isso, contribuir para o clima de insegurança. Com a matança de policiais, a violência se multiplicou – gangues aproveitaram para ajustar contas com outras gangues, e surgiram acusações de execuções cometidas por policiais. No domingo passado, dia 11, o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu cenas de policiais encurralando um homem acusado de ser criminoso. Mais tarde, ele apareceu morto. O governador Alckmin mandou afastar todos os PMs envolvidos no caso.

>>Promotoria quer barrar saída de presos do PCC no Natal>>Governos federal e de SP criam agência contra violência

Por mais que haja acusações de violência contra a PM – e por mais que muitas delas tenham fundamento –, a população que paga os policiais com seus impostos (da mesma forma como paga médicos e professores do setor público) torce para que eles recuperem o controle da situação. As histórias dos policiais assassinados, em geral à paisana ou em ocasiões sociais, são chocantes. Elas dão um testemunho eloquente de que algo precisa ser feito com urgência.

(Foto: reprodução)

Marta Umbelina da Silva
Marta Umbelina da Silva decidiu virar policial militar depois de se separar do marido, um guarda de trânsito com quem teve três filhos – hoje com 21, 18 e 11 anos. Quando a família temia por sua segurança, ela costumava dizer: “Para, gente, sei o que estou fazendo”. O pai, que já morreu, gostava de ouvir isso. “Ele dizia para a gente: ‘O orgulho da casa é a Marta. Ela é polícia’”, diz uma irmã que não quis se identificar – traumatizada, a família teme represálias. Marta era a mais velha de seis irmãos, três homens e três mulheres. Foram criados pela mãe dona de casa e pelo pai encanador na Vila Brasilândia, bairro da Zona Norte de São Paulo.
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Em sua família, era Marta quem costumava marcar os encontros que reuniam avó, filhos e netos. Gostava de cantar – Jorge Ben Jor era um de seus preferidos – e de cozinhar. Suas especialidades eram macarronada com queijo e carne moída, suspiro com morango e pavê de abacaxi. No sábado, dia 3, no começo da noite, combinou com a irmã um almoço no dia seguinte. Que nunca aconteceria. “No domingo, a gente enterrou ela”, diz a irmã.

Marta foi morta com mais de dez tiros nas costas na rua onde morava. Segundo uma familiar próxima, a policial pintava uma parede dentro de casa quando ouviu a filha mais nova chegar. A menina não conseguiu abrir o portão. Marta saiu para ajudá-la. Quando se virou para fechar o portão novamente, os tiros a atingiram, diante da filha – segundo testemunhas, disparados por dois homens de dentro de um veículo. Marta morreu a caminho do hospital. O corpo ainda tinha marcas da tinta de parede. Marta foi a primeira policial mulher morta na atual onda de violência em São Paulo. “Foi um crime covarde, com tiros pelas costas. Estamos todos chocados e em luto”, diz o comandante-geral da Polícia Militar, Roberval Ferreira França. “O enterro da Marta reuniu mais de 100 policiais, porque, além de excelente profissional, ela era muito cortês e amiga. Era querida pela comunidade da Brasilândia”, afirma o deputado estadual Major Olímpio (PDT), que trabalhou com ela na polícia.

Marta deixou três filhos, a mãe, irmãos e sobrinhos. Um dos sobrinhos, seguindo o exemplo da tia, pensava em ser policial. Desistiu.

(Foto: álbum de família)

Marcelo Fukuhara
O sargento Marcelo Fukuhara tinha 45 anos, 21 deles dedicados à polícia.“Eu sempre dizia: eu era a amante do Fukuhara. A esposa era a polícia”, afirma Rosana, mulher de Fukuhara. Segundo as investigações da Polícia Civil, uma facção criminosa pagou R$ 500 mil por seu assassinato. “O que me deixou mais chocada foi achar no armário um bilhete dizendo que matariam o Fukuhara na porta da casa dele. Foi exatamente o que fizeram”, diz a mulher. Fukuhara foi fuzilado. Morreu minutos depois do ataque, no dia 7 de outubro.

Fukuhara recebia R$ 2.800, como primeiro-sargento, e tinha um bom padrão de vida. Morava em Santos, num apartamento de frente para a praia. Rosana, sua mulher, é uma empresária bem-sucedida. Trabalha organizando festas e eventos. “Conheci o Marcelo por meio de um amigo que nos apresentou, para que ele fizesse segurança das minhas empresas”, diz ela. Assim como Rosana, Fukuhara era divorciado. A empatia com a família de Rosana foi quase instantânea. “Ele foi entrando, conquistando meus filhos, e a gente acabou casando.” Após 11 anos, Fukuhara já era visto como pai pelos filhos de Rosana. “Você é quem vai entrar comigo na igreja. Você é que é meu pai.” Dias antes de morrer, Fukuhara emocionou-se ao ouvir esse pedido da enteada, que acabara de ser pedida em casamento.

Apesar de saber que Fukuhara recebia ameaças, Rosana nunca soube o grau de perigo delas. “Se eu soubesse até onde podia chegar o abuso dessas pessoas, teria feito alguma coisa. Teria montado uma escolta para ele, teria feito uma viagem. Não preciso andar de carro importado. Só queria meu marido vivo.” Rosana foi impedida pelos policiais e pelos familiares de ver Fukuhara morto, já que ele fora desfigurado pelo fuzilamento. No último momento, ela tentou, mas não teve coragem. “No velório, tirei os dois pinos do caixão e não consegui tirar o terceiro. Tinha medo do que podia ver.” Desde que Fukuhara morreu, Rosana pede a todos os amigos do marido que larguem a profissão. Diz com os olhos cheios de lágrimas: “Ele adorava aquela porcaria daquela farda”.


(Foto: álbum de família)

André Peres de Carvalho
Fã de artes marciais, André Peres de Carvalho preencheu com pôsteres de Bruce Lee as paredes do quarto onde passou a infância e a adolescência. Criança, costumava vestir as meias por cima da calça, como julgava ser o traje adequado a um tira. Os Peres de Carvalho não sabiam de onde vinha o gosto pela carreira policial. A especialidade da família é a barbearia, ofício seguido por seis parentes. André nunca pensou em seguir o mesmo caminho. Aos 18 anos, tentou entrar no Exército. Não conseguiu ser selecionado. Passou no concurso da Polícia Militar. Mudou-se para São Paulo e foi morar no bairro do Butantã, na mesma avenida onde morreria baleado 21 anos depois.

Foi como policial que construiu sua família. Casou-se, teve um filho, que hoje tem 12 anos, depois se separou. Visitava os pais com frequência e era o churrasqueiro da família. Os mais próximos lembram que, mesmo nesses eventos, não desgrudava do rádio, por meio do qual conversava o tempo todo com os amigos da polícia.

André passou dez anos como PM na Zona Oeste de São Paulo. Em 2002, foi transferido para a Rota, força de elite da PM paulista. Em seus primeiros anos na tropa, o soldado André atuou na função de motorista. Um cargo que não é secundário: exige habilidade, rapidez e precisão. Mas afasta o policial do combate direto, porque ele tem de ficar no carro pronto para partir. “O motorista é 50% de uma ocorrência da Rota, porque tem de ser ligeiro, esperto e atento. Mas não se envolve diretamente com a ação”, diz o coronel Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, vereador eleito de São Paulo e comandante da Rota entre 2009 e 2011. Telhada não tinha relação pessoal com André. Lembra que ele tinha prestígio entre os colegas por causa de sua função. “Ele era motorista do subcomandante. Pessoas que assumem um cargo assim são consideradas de extrema confiança”, diz. André recebera a mais alta medalha da Rota por mérito pessoal, feita de metal esmaltado sobre um couro branco.

Há quatro anos, André teve de deixar a função. Bateu o carro de frente com um ônibus, ficou três dias em coma e saiu com o movimento de um braço prejudicado. Não podia mais ser motorista. Passou a fazer serviços internos na parte administrativa do quartel.

Na noite de 26 de setembro, André ligou para a mãe. Estava numa padaria, e ela, assustada com a onda de violência, pediu que ele não ficasse na rua. Segundo uma pessoa muito próxima, ele respondeu: “Pode ficar tranquila, mãe, estou do lado de casa”. No dia seguinte, foi encontrado caído perto do carro, com três tiros de fuzil. Estava na frente de casa, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, a menos de 1 quilômetro da Universidade de São Paulo. Aos 40 anos, foi o único policial da Rota assassinado na atual onda de crimes.


(Foto: álbum de família)

Marcos Roberto de Mendonça
“O conheci em 1988, numa partida de futebol em que ele era um dos jogadores. Foi meu primeiro namorado. Casamos em 1992, e nossa vida era maravilhosa. Éramos muito apaixonados, e ele sempre muito preocupado comigo”, diz a mulher de Marcos Roberto Corrêa de Mendonça. Ou simplesmente Mendonça, como era chamado pelos colegas policiais. Ele foi assassinado com um tiro nas costas, na noite de 7 de maio, em Sumaré, cidade do interior de São Paulo. Atuava no 48º Batalhão, responsável por uma área de Sumaré na divisa com Campinas. Não estava a serviço no momento do crime.

Quando Mendonça conheceu a mulher, ainda não era PM. Ele se formou na polícia em 1994, uma semana antes do nascimento da primeira filha do casal. O segundo nasceu em 2007. “Ele adorava ser policial, principalmente nos primeiros anos, em que trabalhou no grupo de Ações Táticas de Campinas (Atac). Tinha orgulho da profissão”, afirma sua mulher. Depois de trabalhar em Campinas e fazer um curso em São Paulo, ele pediu transferência para Sumaré, para não ficar longe dos pais e dos irmãos, que moravam em Tupã, cidade onde Mendonça nasceu. Ele era muito ligado à família. “Adorava jogar futebol com o filho caçula e conversar com a filha mais velha”, diz a viúva.

No dia em que Mendonça foi assassinado, o irmão dela não teve coragem de dar a notícia. Disse que Mendonça sofrera um acidente. “Quando cheguei ao hospital, um tenente amigo dele me chamou para conversar, ao lado de minha filha e do meu filho”, diz a mulher de Mendonça. Ele ficou sem palavras. A filha tomou a iniciativa. “Meu pai morreu?”, disse. Ele balançou a cabeça dizendo que sim. “Meu mundo desabou, nunca podia imaginar perder meu grande amor desse jeito, com tanta covardia. Não conseguia pensar em nada, só em como viveria com meus filhos sem ele, que era tudo para a gente”, diz a viúva. “Meus filhos devem lembrar do pai como um herói, um homem bom e do bem, que só vivia para proteger a comunidade e a família, e que ficava com o coração partido quando encontrava uma criança usando drogas ou vivendo com pais drogados.”


Paulo Fernando Ribeiro Borges
No dia 23 de dezembro do ano passado, uma sexta-feira véspera de Natal, a mulher do sargento Paulo Fernando Ribeiro Borges recebeu 16 ligações interurbanas vindas do interior paulista. As ligações não eram atendidas, e quando ela tentava respondê-las uma mensagem dizia que o número não existia. Quando o marido chegou em casa, ele comentou que também recebera cinco chamadas. Ao comparar os números no identificador, viram que se tratava do mesmo telefone. Estranharam, mas deixaram passar a coincidência.

A mulher de Paulo cursava pedagogia e faria uma entrevista de emprego no dia 3 de janeiro para trabalhar com crianças na Cruz Azul, instituição beneficente vinculada à PM. Depois do teste, ela planejava ir com o marido e o filho mais novo, de 17 anos, para a colônia de férias da polícia em Mongaguá, no litoral de São Paulo. O casal gostava de caminhar à luz da lua na beira da praia.

No dia 2 de janeiro, Borges deu dicas para a mulher ir bem na entrevista de emprego do dia seguinte. No mesmo dia, abasteceram-se de suprimentos para a viagem e seguiram para uma pastelaria para almoçar. A mulher de Paulo se lembra bem de um carro que parou com dois homens e uma mulher, e da insistência com que o grupo olhava o casal. “Você conhece?”, disse ela. “Não, deixa para lá”, respondeu Paulo.

Perto das 22 horas, Paulo verificou se a mulher estava com algum dinheiro e seguiu para o posto de gasolina onde fazia bico como segurança em Osasco, município da Grande São Paulo. Menos de três horas depois, policiais informaram à família que ele fora baleado. A mulher de Paulo e o filho mais velho correram para o hospital. Borges, já morto, estava ensanguentado e quente. Ela chegou a vê-lo abrir os olhos. “Seu pai está vivo, é mentira que ele foi embora”, dizia. Inconsolável, percebeu o engano logo depois. “Queria trazê-lo de volta.”

No boletim de ocorrência, a polícia registrou a morte como latrocínio (roubo seguido de morte), porque um dos assaltantes, menor de idade, levou R$ 700 do caixa do posto. Paulo chegou a disparar – um jovem morreu no local –, mas foi morto por outro, que teve o cuidado de recolher o revólver do comparsa. Desde o crime, a mulher de Paulo faz terapia e toma dois antidepressivos e um ansiolítico todos os dias. Mudou-se de apartamento e chegou a ficar dias sem comer. Apesar disso, ela tem uma certeza sobre o marido que gostava de comprar carrinhos de polícia em miniatura para o caçula: “Ele morreu fazendo o que gostava, sentia orgulho de vestir uma farda. Sei que ele foi feliz”.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012



PM aposentado é morto durante assalto

Criminosos fugiram levando a arma da vítima


Publicado em 12/12/2012 às 06h12: atualizado em: 12/12/2012 às 08h13


Do R7, com Agência Record


O policial militar aposentado Dorival Lemos, de 58 anos, foi morto a tiros durante um assalto na avenida Arquiteto Vilanova Artigas, no bairro de Sapopemba, zona leste da capital. O crime aconteceu na madrugada desta quarta-feira (12), por volta das 2h.


De acordo com a Polícia Civil, Lemos teria ido até o local para dar carona a duas pessoas para iriam se cadastrar no projeto Bolsa Família. Ela e os dois caronistas foram abordados por uma dupla de criminosos armados que ocupava um carro de cor preta.


Ainda segundo a polícia, os ladrões pediram para que as três vítimas se sentassem na calçada, enquanto passavam os pertences. No momento em que Dorival se sentou, os criminosos perceberam que ele carregava uma arma presa em uma das pernas. Um dos bandidos atirou contra o policial. Mesmo ferido, Lemos teria tentado fugir correndo, mas foi atingido por outro tiro nas costas.

Os ladrões fugiram levando a arma do policial. A vítima foi levada a um pronto-socorro da região, mas não resistiu aos ferimentos. O crime aconteceu a cerca de 100 m do 69º Distrito Policial (Teotônio Vilela).

domingo, 9 de dezembro de 2012






A Polícia Militar registrou 100 mortes no ano em São Paulo
Foto: Futura Press/Montagem/Terra

FÁBIO SANTOSDireto de São Paulo

A Polícia Militar de São Paulo registrou na manhã desta quarta-feira a 100ª morte de um policial da corporação no ano de 2012. Assim como na maioria dos casos, o PM morto na cidade de São Pedro, região de Piracicaba, também estava de folga.

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O soldado Gentil Roberto Brandini, 42 anos, foi encontrado morto com dois tiros, em um condomínio de chácaras, no bairro Nova Aurora. Um projétil atingiu sua nuca e outro nas costas. Segundo informações da Policia Militar, ele vinha recebendo ameaças há pelo menos um ano, depois de participar de uma ação que resultou na morte de um integrante de uma facção criminosa.

Segundo dados da Polícia Militar, entre os 100 policiais mortos no ano, 21 eram aposentados e três morreram em serviço. Conforme levantamento da corporação, 51 dos casos registrados possuem características de execução.

O número registrado hoje é bem superior ao número total de policiais mortos em 2011. Segundo a assessoria da Polícia Militar, foram contabilizados 76 homicídios em todo o ano, número dentro da média estabelecida nos últimos cinco anos. A pior onda de violência contra policiais, segundo o governo, foi em 2006, quando 105 PMs foram mortos.

Cronologia de uma guerra anunciada
A guerra declarada entre polícia e crime organizado teve início no primeiro semestre de 2012, quando seis criminosos foram mortos durante uma ação de policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), no dia 28 de maio. Segundo as primeiras informações daquela ocorrência, seis viaturas se deslocaram ao local após uma denúncia anônima de que o bando, ligado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), estava reunido no local para traçar um plano de resgate de um preso que seria transferido do Centro de Detenção Provisória do Belém, na zona leste, para a Penitenciária II de Presidente Vescenslau, no interior do Estado.

Após uma denúncia de truculência policial e investigação da Polícia Civil, pelo menos nove policiais da Rota foram presos pela execução dos criminosos. Uma testemunha contou que três PMs - um sargento e dois soldados - chutavam o suspeito levado pela viatura até o local. Um deles chegou a atirar a queima roupa no homem. A mulher ligou para a polícia e contou em tempo real o que, segundo ela, estava acontecendo.

Dois dias depois, o bairro de Cidade Tiradentes vivia o seu primeiro toque de recolher. Moradores foram avisados de que os criminosos atacariam batalhões em represália às mortes no bairro da Penha. Em junho, o bar que funcional no local onde os criminosos foram executados pegou fogo. Segundo os proprietários, o incêndio não teve ligação com o PCC.

Onda de ataques
No mês de junho, São Paulo começou a viver a primeira grande onda de ataques a policiais e bases da PM. Os primeiros ataques foram registrados isoladamente, mas com o passar dos dias, ficou evidente de que se tratava de uma ação coordenada. O dia 20 de junho, em especial, chamou a atenção da Secretaria de Segurança Pública, pela sequência de crimes.

Na região da Vila Formosa, na zona leste, um policial militar foi morto por criminosos dentro de uma academia. Duas horas mais tarde, a cerca de 2 km de onde o PM foi morto, uma base móvel da Polícia Militar foi atacada em São Mateus. Quatro homens em um carro e um outro em uma moto pararam próximo à base e fizeram pelo menos oito disparos. No mesmo dia, outro policial morreu em troca de tiros com um criminoso em Pirituba.

A partir dessa série de eventos, a Polícia Militar começou a registrar casos sequenciais de mortes e ataques. No dia seguinte, um policial militar foi morto em um supermercado no Capão Redondo. No dia 22 de junho, um PM foi morto a tiros na região do Grajaú, quando estava indo para o trabalho. Na mesma madrugada, uma base foi atacada em Itaquera, mas nenhum policial ficou ferido. No dia 24 de junho, um policial militar foi assassinado a tiros em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A partir de então, outros casos começaram a ser registrados em diversas cidades da Grande São Paulo, interior e Baixada Santista.

Ônibus incendiados
A partir do dia 24 de junho, a PM começou a registrar ataques a ônibus na Grande São Paulo. Um coletivo foi incendiado na esquina da avenida Salgado Filho com a rua Benjamim Harris Hunnicutt, na Vila Rio de Janeiro, em Guarulhos, mas ninguém se feriu.

Na noite seguinte, um ônibus foi pego em uma emboscada na zona leste de São Paulo. Após receber sinal de um jovem em um ponto, o motorista foi surpreso por outros três que surgiram atrás de um muro. O veículo estava vazio e o motorista saiu correndo ao perceber a ação dos criminosos. No dia 26 de junho, veio o primeiro grande ataque e três ônibus foram queimados na região do Tremembé, na zona norte da capital.

Apesar da crescente onda de violência, a Secretaria de Segurança Pública continuava tratando os casos como ações isoladas, descartando o envolvimento do Primeiro Comando da Capital.

Chacinas
Após o início dos ataques contra policiais e a ônibus, a PM começou a registrar um aumento em crimes com características de execução e as primeiras chacinas começaram a aparecer. No dia 25 de junho, um grupo de quatro jovens foi encontrado baleado na em Poá, na Grande São Paulo. Segundo a polícia, por volta das 21h30, homens passaram atirando. As vítimas foram socorridas ao Pronto-Socorro Municipal, mas não resistiram aos ferimentos.

Na madrugada do dia 12 de julho, oito pessoas foram mortas após uma sequência de ataques na cidade de Osasco, logo após a final da Copa do Brasil de futebol, vencida pelo Palmeiras. Segundo a polícia, os atiradores aproveitaram a queima de fogos para efetuar os disparos. Em outubro e novembro, o número de execuções de civis aumentou consideravelmente e, segundo último balanço divulgado pela PM (não englobando o mês de novembro), outubro foi o mês mais violento do ano, com 176 homicídios apenas na capital.

Ações questionadas
Policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), enfrentaram uma quadrilha no dia 11 de setembro. No total, oito acusados de compor um "tribunal" do crime organizado que julgava um homem acusado de estupro, foram mortos na operação. O homem que era julgado pelos bandidos também foi alvejado e não sobreviveu. Outros oito suspeitos foram presos pelos policiais. Na ocasião, o ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Luiz Gonzaga Dantas, disse que a ouvidoria investigaria a ação, além de acompanhar as investigações no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O Ministério Público também acompanha o inquérito policial sobre a ação da Rota.


Em novembro, a PM determinou a prisão de cinco policiais suspeitos de matar um servente na periferia da zona sul da capital. Um vídeo feito por um vizinho mostra o servente Paulo Batista do Nascimento, 25 anos, sendo cercado por policiais em uma rua do bairro do Campo Limpo. As imagens confirmam que ele foi agredido. No vídeo, é possível ver o servente levando um tapa e um chute dos policiais antes de ser levado para o carro da polícia.

Em seguida, um policial aparece com os braços erguidos em posição de tiro. Não é visto nenhum disparo, mas depois de um barulho parecido com um tiro, as imagens mostram a movimentação de alguns agentes. No boletim de ocorrência, os PMs relataram que o corpo foi encontrado em uma viela pelos policiais.

Resposta do governo
Em outubro, a Polícia Militar deu início à Operação Saturação para combater o crime organizado em várias regiões da capital, em Guarulhos e na cidade de Ribeirão Preto. Em novembro, o ministro José Eduardo Cardozo e o governador Geraldo Alckmin anunciaram que as esferas estadual e federal teriam uma agência integrada de combate ao crime organizado.

A reunião definiu ações de "asfixiamento financeiro" das organizações criminosas responsáveis pelos ataques e também a futura transferência das lideranças envolvidas em mortes de policiais para presídios federais.

Dias depois, o governador de São Paulo reconheceu pela primeira vez dificuldades na segurança pública por conta da onda de homicídios vivida em São Paulo nos últimos meses. No dia 21 de novembro, o então o secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, pediu exoneração do cargo. Em seu lugar, assumiu o ex-procurador geral de Justiça do Estado de São Paulo, Fernando Grella.

Cinco dias depois, foram divulgados os nomes dos novos comandantes das polícias Civil e Militar de São Paulo. O Comando Geral da Polícia Militar foi assumido pelo coronel Benedito Roberto Meira, atual chefe da Casa Militar do Governo do Estado. Já a Polícia Civil passou a ser comandada pelo delegado classe especial Luiz Maurício Souza Blazeck.

Com colaboração de Rose Mary de Souza

Fonte: noticias.terra.com.br

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